quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pescar tainha é fácil????

                                     
Aqui,  estou usando o título de um artigo que li na Internet num site que grosso modo, simplesmente fez uma copia de outro artigo, fazendo parecer ser realmente fácil a pesca deste peixe, porem aqueles que praticam tal pescaria sabem que na teoria a prática é diferente, portanto, lamentavelmente tudo não dá para confiar em tantas facilidades.
No meu caso, posso me considerar um aprendiz e por isto tenho procurado informações práticas com pescadores experientes, especialmente aqueles que pescam na Colonia Descoberto em Guaratuba/PR, pois são eles que podem realmente orientar quem estiver interessado em aprender, então vou repassar as dicas que me deram à saber:
Primeiro Caso: Condições das águas da Baia de Guaratuba:
 Nestas duas semanas de fim de mês de Julho, as chuvas acontecidas na serra do mar, influíram muito,  pois as águas dos rios na linguagem dos ribeirinhos ficaram “doces” e a taínha prefere quando as águas da baia está  “salobra” portanto, ninguem está conseguindo capturá-las.
Segundo caso: Fases da Lua:
É na minguante e na crescente as melhores luas para a pesca naquele local, exceto se nelas existir as condições do primeiro caso ou muito vento, entretanto, se nada disso estiver ocorrendo o que pode influir é simplesmente o peixe não encostar nas cevas existentes nos pesqueiros. Alguns pescadores já passaram por esta situação sendo que numa determinada pescaria “lavaram a égua” num pesqueiro e ao retornar ao mesmo em outra ocasião, ficaram dando banho nas iscas.
Terceiro caso: As Iscas:
No local o pessoal tem usado peito de frango, figado, músculo, testítuco de boi, sagú, etc, más outra vez uma isca que funcionou numa pescaria, não funciona em outra. Apenas como curiosidade, tem pescadores que até usam bolinhas de isopor ou pedacinhos de espuma (pode ?)
Quarto caso: Cevas:
Lá quem leva os pescadores aos pesqueiros dizem que os mesmos estão cevados, entretanto, sempre é bom se certificar disto pedindo para cevar o local na hora de chegar ao mesmo ou então pedir para eles levantarem a corda onde o saco de ceva está amarrado, afinal, está se pagando o custo das mesmas.
Quinto caso: Anzóis, Linhas, Chumbo e boias:
a)      Anzóis: Recomenda-se o uso de anzóis pequenos porem reforçados (marusseigo, chinú ou cristal), pois a boca da tainha é pequena;
b)      Linhas: Como não se sabe qual o tamanho ou peso do peixe que será fisgado, recomenda-se o uso de linha 50mm até o girador e abaixo do mesmo chicotes com dois anzóis com linha 30 e 40mm;
c)       Chumbada:  Tudo irá depender da boia utilizada, as lojas de pesca podem indicar quais as mais adequadas inclusive aquelas necessárias de acordo com a movimentação das marés.
Varas: Recomenda-se aquelas de 4,5 a 5 metros de emenda longa,  se possível de carbono que são mais leves que as de fibra, porem elas devem ser “turbinadas” com elástico de garrote, amarrados em linha de multifilamento  que passará no interior da vara e depois amarradas em girador que na outra extremidade do mesmo, será amarrada uma outra linha meste de monofilamento até 30cm do cabo da vara, daí coloca-se a boia, depois o chumbo e amarra-se esta linha em outro girados, depois chicotes com os anzóis já mencionados.
OBS: Ver em outro artigo anterior como turbinar as varas.
Sexto caso: É preciso levar em consideração que se estará  pescando próximo aos manguezais com a possibilidade de existência daqueles mosquitos ( porvinha ou marui), portanto, há necessidade de levar “repelente”.
Roupas e acessórios:  vestir aquelas que dificultem a ação dos mesmos, chapeus, guarda sol, em caso de chuva levar capa ou roupa de motoqueiro, botas, etc
Orientações finais: Naquele local é costume os piloteiros deixar os pescadores nos pesqueiros pela manhão e só ir buscá-los no entardecer, assim sendo é preciso levar água fresca, sucos, alimento ( sanduiche ou outros), frutas, etc.
Como última orientação, sugiro pesquisar na Internet vídeos feitos na colonia descoberto, os quais darão uma melhor ideia doque procurei demonstrar acima, afinal é como diz o provérbio chines:

“UMA IMAGEM VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS”

domingo, 28 de julho de 2013

Finalmente...Acabei indo pescar Tainha.


Pois é pessoal, faz algum tempo que não coloco nenhum artigo no blog, aliás, como tilapeiro inveterado, nesta temporada saíram as meninas de bom tamanho e fizeram a alegria da galera, más não vou falar delas e sim das tainhas, onde tive a a oportunidade de ir pescá-las na Colônia Descoberto em Guaratuba/`Pr.
Como diz o "velho ditado" na prática a teoria é outra, apesar do que escrevi anteriormente sobre este assunto. No local, existem inúmeros pesqueiros, olhem matérias existente na Internet ( Pesca Dinâmica) e terão uma ideia de como eles são preparados para a pesca. Infelizmente não tive muita sorte, pois, o pesqueiro escolhido por meu companheiro erá muito profundo, então,  para quebrar o "galho" o recurso foi aumentar o tamanho da linha em um metro nas varas de 5 metros, porem, isto dificultava o lançamento da mesma do barco. Diga-se de passagem, a linha devia passar no máximo à 20cm dos sacos de cevas presos em taquaras no fundo do pesqueiro e outro fator que contribuiu para o fracasso, foi excesso de vento, que fazia com que o chumbo demorasse à atingir o fundo, bem como, não raro, fazer com que os anzóis se enroscasse no saco de ceva e dai era preciso arrebentar a linha. Este é um detalhe importante, quem de vocês quiser fazer este tipo de pescaria, levem uma boa quantidade de anzóis e usamos foi o cristal 6 reforçados para não correr o risco de abrir ao fisgar o peixe. 
E a linha? Bem,  usamos a de 50mm até o girador e após 35mm para facilitar arrebentá-las em caso de enrosco. Por outro lado, usar a linha mestre nesta espessura, fará com que a tainha grande não as arrebente, elas são violentas.
E as iscas? Lá o pessoal em geral tem usado peito de frango, sagu e "bago de boi" e este pode ser substituído por rim do mesmo, más nós usamos pedacinhos de peito de frango.
E a taínha? Bem, ela é tão rápida, rouba a isca com extrema facilidade com um "levissímo" toque na boia, então, bobeou...já era, especialmente se tivermos usando varas de fibra e emenda longa que são pesadas.
Entretanto, se dermos sorte e fisgarmos a mesma, prepare-se para a briga, ela não se entrega com facilidade, pois é preciso levar em conta que no interior das varas existe o elástico (garrote) que como já disse, serve para cansar o peixe, más as tainhas são " danadas".
Naquela matéria anterior que escrevi sobre o preparo das varas, quem tiver condições de comprar vara de carbono de gomo longo ( são mais caras), valerá a pena, pois, são mais leves do que as de fibra, cujo tamanho indicado são nos comprimentos de 4,50 à 5,40 metros.

Apesar de existirem inúmeros pesqueiros no local, todos cevados, nem sempre o cardume encosta, foi o nossos caso, pois meu companheiro ao longo do dia só pegou 2 exemplares maiores e um menor, enquanto eu, peguei apenas “um” de bom tamanho. Também é possível escolher pesqueiros mais rasos, embora o “segredo” para o sucesso é regular a boia na profundidade correta, sendo necessário aumentar ou diminuir a mesma de acordo com a movimentação da maré.